Miguel Miró, presidente do Capítulo Provincial: “Os Agostinianos Recoletos temos algo que dizer ao mundo de hoje desde a alegria de sentir-nos chamados”
15-05-2012 España
Na jornada inaugural do CXXV Capítulo Provincial da Província de São Nicolau de Tolentino, o prior geral da Ordem e presidente desta reunião, principal órgão legislativo e executivo da Província tem proposto como guia para este para este Capítulo a revitalização entendida como “evangelizar e se deixar evangelizar” para mostrar a “alegria de ser chamados”.
Na primeira jornada do CXXV Capítulo Provincial da Província de São Nicolau de Tolentino tem acontecido em Marcilla (Navarra) num dia carregado de mensagens programáticas, de objetivos profundos e também com a constituição dos diferentes organismos que, dentro do Capítulo coordenarão seu funcionamento.
O dia iniciou com a Eucaristia do Espírito Santo e as sessões de manhã e de tarde foram dedicadas à apresentação programática do Capítulo, a eleição das pessoas que constituem os diversos órgãos de funcionamento interno, e as primeiras informações do prior provincial.
EUCARISTIA DO ESPÍRITO SANTO
“Um Capítulo Provincial é sinal de comunhão, da vida e da missão da Província e da Ordem neste serviço à Igreja e à Humanidade”, ha indicado o presidente do Capítulo durante a Eucaristia de invocação ao Espírito.
A celebração litúrgica do apóstolo São Matias, neste 14 de maio, faz lembrar que a Província hoje continua sendotestemunha da missão apostólica e precisa da ajuda do Espírito Santo para discernir o que pede a Igreja à Província de São Nicolau de Tolentino como comunidade.
Assim, segundo Miró, os religiosos devem seguir mostrando a experiência do Ressuscitado, especialmente essa experiência de ser amados por Deus para evangelizar e para se deixar evangelizar. O próprio carisma decontemplação e vida comunitária é, segundo o presidente do Capítulo, uma mensagem para o mundo de hoje, que precisa deste carisma, transmitido a través das comunidades e dos laicos que trabalham com os religiosos ou compartem seu carisma.
Deste carisma, feito vida, surge a alegria. Por isso, o prior geral convida a todos os religiosos a que o Capítulo sirva para superar os cansaços, o desalento, o sentir-se “programados” sem criatividade, iniciativa, espontaneidade nem animo; deixar os protagonistas, os perfeccionismos, os individualismos e qualquer outra atitude que não faça “que aalegria chegue à plenitude”.
“Não podemos vier fechados em nós mesmos. A Igreja e o mundo nos necessitam. Por isso temos que tomar decisões mesmos que as vezes sejam complicadas, mesmo que não sejamos reconhecidos nem agradecidos. A escuta da Palavra de Deus e dos signos dos tempos, o diálogo na oração e o diálogo com os irmãos” são a chave para conseguir esses objetivos.
INAUGURAÇÃO DO CAPÍTULO PROVINCIAL
Na primeira sessão, se tem seguido o Ritual da Ordem no relativo ao início do Capítulo, invocando de novo ao Espírito Santo. A continuação, o presidente do Capítulo tem feito uma longa intervenção programática de uns trinta minutos onde tem lembrado que o Capítulo é muito mias que um fato sociológico, funcional oujurídico.
Trata-se, mais bem, de uma intervenção responsável sobre o conjunto da Província, o que inclui “sua historia, suas pessoas, suas obras, seus projetos, longe da intervir de uma forma fragmentaria, parcial ou interessada”. É preciso um “olhar amplo, com sentido de Província, de Ordem e de Igreja”.
Em primeiro lugar, tem convidado a todos os capitulares a participar no diálogo com responsabilidade eliberdade, dizendo o que pensam, num discernimento comum sobre o que precisam as comunidades e os religiosos de uma forma global, superando os interesses pessoais, de pequeno grupo ou nação.
Em segundo lugar tem convidado aos capitulares a ser mais fieis ao carisma agostiniano recoleto e à missão, como modo próprio de ser da Igreja e da vida religiosa, como critério básico de discernimento à hora de tomar decisões. “Nosso maior problema não é o número nem a idade dos religiosos, mas o pouco convencimento davitalidade de nosso carisma, tem dito.
Em terceiro lugar, tem lembrado que toda a Ordem esta embarcada num projeto de revitalização e reestruturação, e que isto tem que chegar a cada um dos religiosos, comunidades y Províncias; por tanto, aProvíncia de São Nicolau e seu Capítulo Província devem ter em conta este objetivo comum de toda aOrdem. E isto mesmo que suponha câmbios em coisas nas que “estamos habitualmente acostumados e que nos dão certa seguridade”. Isto implica intensificar a comunhão e dar passos para a reorganização.
Por último, tem invitado aos religiosos a ter em conta a realidade do mundo onde vive a Província, as necessidade próprias de cada um dos países, não longe da crise espiritual, crises econômicas, ou asnecessidades particulares das pessoas. E tem pedido a todos apoiar esta tarefa: “Quem esteja desencantado, que não impeça aos outros que sonhem e que possam trabalhar com ilusão”.
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