terça-feira, 19 de junho de 2012

 
A Recoleção Agostiniana, missionária desde suas origens
“revisão e reforma das ordens mendicantes”, de onde saíram as ordens que hoje se chamam “descalços” ou, como no caso dos agostinianos, “recoletos”. A História da Igreja costuma dizer que nestas ordens o ambiente era de ascese, retiro, vida monástica. Mas seria incompleto não ressaltar o aspecto apostólico e comprometido. Uma das principais fontes da Ordem dos Agostinianos Recoletos, o Livro das Crônicas, relata no seu primeiro tomo a primeira das missões “da montanha” nos montes Pirineus, quase imediata, depois da expedição de Filipinas.

A missão de Filipinas é a que mais tem marcado a história posterior. Foi o primeiro destino dos missionários recoletos. O primeiro prior provincial dos Recoletos, frei Juan de São Jerônimo, recebeu do rei Filipe III a oferta de ser bispo de São Cristóbal de Chiapas. Mas o bom frei respondeu ao rei que, a troco de tal graça, lhe fosse permitido liderar uma missão “em terras novas”. O monarca elegeu Filipinas e exigiu uma expedição de doze religiosos.

Os Agostinianos Recoletos escolheram quatorze, de entre os muitos que se tinham oferecido. No dia primeiro de maio de 1605, o Capítulo manda a Juan de São Jerônimo, anterior provincial, que comande a primeira expedição. Escolheu religiosos de meia dúzia de conventos recoletos existentes: Jerônimo de Cristo, Miguel da Mãe de Deus, Diego da Anunciação, Pedro de São Fulgêncio, Rodrigo de São Miguel, Francisco Batista, Francisco da Mãe de Deus, Andrés de São Nicolau, Juan de São Guillermo, Jerônimo da Mãe de Deus, Francisco de São Jerônimo, Simão de São José e Andrés do Espírito Santo. São os primeiros missionários da história da Recoleção.

No dia 10 de maio de 1606 chegaram a Manila. Iniciou-se assim a longa e rica história missionária recoleta, com uma série de expedições que, ao longo de quatro séculos, tem regado a cristandade com seu trabalho, seus suores e, também frequentemente, com seu sangue.

Sem ser uma Ordem exclusivamente missionária, as missões formam parte irrenunciável do legado histórico, espiritual e carismático da Ordem. Proporcionaram coesão interna, espírito corporativo e um testemunho vivo de sua ação no mundo. A Ordem se sentiu útil à Igreja e à sociedade; permitiu que os religiosos olhassem mais além de seu mundo interior.

No século XIX as missões salvaram a Ordem dos Agostinianos Recoletos de perecer nas mudanças históricas. No começo do século XX deram-lhe o impulso necessário para sua plena aceitação, como Ordem, dentro da Igreja e da família agostiniana.

Nas missões se desenvolveu a vida dos Agostinianos Recoletos que alcançaram os altares: Magdalena de Nagasaki, Ezequiel Moreno, Francisco de Jesus, Vicente de Santo Antônio, Melchor de Santo Agostinho, Martín de São Nicolau… E uma centena de mártires que, ao longo da história, deram testemunho de sua fé mediante a entrega de suas vidas.

  FONTE: http://www.agustinosrecoletos.org/pt/misiones.php?idioma=3&id=02_03

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